quinta-feira, 9 de junho de 2016

Tríduo de São Luis Gonzaga - 2016

É com muita alegria que convidamos a todos para viver conosco o Tríduo em Louvor a São Luis Gonzaga, padroeiro da juventude, no Cangaíba. 

Um convite à se abrir a "Misericórdia: A Alegria do Amor", tema do nosso tríduo, no Ano Santo da Misericórdia. Passando pelo reconhecimento de que somos pecadores, e que Jesus veio para nos resgatar: "Prefiro a misericórdia ao sacrifício. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores." (Mt 9,13). Com toda fé, entregues e confiantes: “Aproximemo-nos do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia.” (Hb 4,16) e assim, com esperança e alegria possamos praticar as Obras de Misericórdia: “Quem pratica a misericórdia, faça-o com alegria.” (Rm 12, 8)


Tema Central: "MISERICÓRDIA: A ALEGRIA DO AMOR!" 

1º dia: 18/06 (sábado) | 18h00 
Tema: "Prefiro a misericórdia ao sacrifício. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores." (Mt 9,13) 
Celebrante: Pe. Guti 

2º dia: 19/06 (domingo) | 09h30 
Tema: “Aproximemo-nos do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia.” (Hb 4,16) 
Celebrante: Pe. Solangio Feitosa da Silva 

3º dia: 20/06 (segunda-feira) | 20h00 
Tema: “Quem pratica a misericórdia, faça-o com alegria.” (Rm 12, 8) 
Celebrante: Pe. Silvio Pereira 

Encerramento: 21/06 (terça-feira) | 20h00 
Procissão e Santa Missa em Honra e Louvor ao Padroeiro São Luis Gonzaga. 
Celebrante: Pe. Chagas

(Se possível, colabore com 1 kg de alimento não perecível). 

Endereço: Rua Rinaldo Carlos Angelicola, 35 - Jardim Piratininga - São Paulo/SP

Esperamos por vocês!

São Luis Gonzaga, rogai por nós!

quarta-feira, 1 de junho de 2016

31º dia | O “estalo” de Vieira

Quando, em 1552, aportou na Bahia o primeiro Bispo do Brasil, Dom Pero Fernandes Sardinha, trazia ele uma preciosa imagem de Nossa Senhora da Maravilhas, presente do Rei Dom João III à recém-descoberta Terra de Santa Cruz. Concluída a construção da Catedral da Sé de Salvador em 1624, seu Bispo, Dom Marcos Teixeira, entronizou a imagem de Nossa Senhora das Maravilhas na capela lateral onde a Mãe de Deus passou a acolher com benevolência todos quantos a Ela vêm pedir auxílio. 

Por meio dessa imagem, o Senhor tem operado numerosos e grandes milagres. Um dos mais conhecidos deu-se com o famoso Padre Antônio Vieira. 

Tendo ele vindo menino para o Brasil, iniciou seus estudos no Colégio dos Jesuítas na Bahia. 

Nos primeiros tempos não passava de um estudante medíocre, mal compreendendo as lições, a ponto de os superiores pensarem em dispensá-lo do Colégio. 

Em seu grande desejo de ingressar na Companhia de Jesus (a Ordem dos jesuítas), certo dia, já quase desesperado com sua dificuldade nos estudos, foi suplicar auxílio aos pés da Senhora das Maravilhas. No meio das orações, sentiu como um “estalo” em sua cabeça, acompanhado de uma dor muito forte que o prostrou por terra, dando-lhe a impressão de que ia morrer. Ao voltar a si, deu-se conta de que aquelas coisas que antes pareciam inatingíveis e obscuras à sua inteligência, tornaram-se claras. Não foi difícil para ele perceber a enorme transformação ocorrida em sua mente. 

Ao chegar ao Colégio, pediu que o deixassem participar dos debates intelectuais com seus colegas. Para espanto dos mestres, venceu todos os companheiros com o brilho de seu raciocínio. Daí por diante foi o primeiro e mais distinto aluno em todas as matérias, tornando-se um dos maiores oradores sacros e escritores da língua portuguesa. 

Frase do dia:

"Maria é a escada do céu; por Ela, Deus baixou do céu à terra, e por Ela os homens podem subir ao céu." 

(São Fulgêncio)

30º dia | Não zombem de minha Mãe, respeitem-Na

Na estrada que sobe da cidade de Honfleur, na França, ao venerado Santuário de Nossa Senhora das Graças, um jovem de 17 anos, de fisionomia distinta e porte elegante, com o terço na mão, subia o monte, lentamente e de joelhos. Orava e chorava. 

Chegando ao santuário, depois de haver caminhado cerca de um quilômetro, viu que as calças tinham se rasgado, os joelhos estavam ensangüentados, mas decidiu prosseguir até o pé da imagem de Maria, onde ficou prostrado por muito tempo. 

Interrogado por um sacerdote sobre qual a causa de sua peregrinação, respondeu: 

— O senhor ouviu falar do horroroso acontecimento de ontem no mar? Éramos três jovens, dois pereceram, um só foi salvo: sou eu. Meus dois amigos e eu tiramos anteontem boas notas em nossos exames na Faculdade e resolvemos dar um passeio no mar. As ondas estavam fortes e o vento soprava com violência. O dono da embarcação nos avisou que havia perigo, mas não demos importância a seus conselhos. Um dos meus amigos pronunciou algumas palavras levianas e, na conversa, houve algumas zombarias sobre a Santíssima Virgem. Protestei, dizendo: “Amigos! Divirtamo-nos, mas respeitem minha Mãe!” Mal eu tinha dito essas palavras quando uma onda maior fez virar nosso barco. Ninguém de nós sabia nadar, meus dois amigos pereceram. Só eu fui salvo, e atribuo minha salvação a Maria, cuja defesa acabava de tomar. Venho de joelhos agradecer-Lhe, porque eu não estava bem preparado para morrer. 

Frase do dia:

"Convinha, pois, certamente, que a Mãe de tão nobre Filho não tivesse de Eva a mancha e resplandecesse com todo o brilho." 

(Pequeno Ofício da Imaculada Conceição)

29º dia | Maria, Rainha das Inteligências

O jovem Alberto, com 16 anos, entrou na Ordem Dominicana. Seu espírito era rude e pesado. Não progredindo nos estudos, foi dominado por tanto tédio e desânimo que resolveu abandonar a vida religiosa. 

Amargurado, ele preparou-se para fugir do convento durante a noite, mas antes foi rezar para despedir-se de Nossa Senhora, expondo-Lhe os motivos de seu desalento. 

De repente, a imagem tomou vida, e a Rainha dos Céus falou-lhe com bondade, perguntando que ciência preferia estudar: a ciência divina ou a ciência natural? O jovem inexperiente não achava nada mais elevado do que a filosofia, por isso escolheu a ciência natural. 

— Será atendido o teu pedido — disse Nossa Senhora —, mas por não dares muita importância à ciência de meu divino Filho, a tua erudição vai se apagar nos últimos anos de tua vida e recairás na tua ignorância atual. 

A imagem voltou ao normal e Alberto sentiu-se mudado. A partir daí cresceu cada dia mais em seus conhecimentos, chegando a ser um dos maiores sábios que o mundo conheceu, especialmente nas ciências naturais e filosofia. Chegou-se até a dizer que ele “explicou todo o universo, desde as pedras do chão até as estrelas dos céus”. 

Escreveu com assombrosa lucidez sobre astronomia, meteorologia, física, mecânica, química, antropologia, zoologia, botânica. Tratou, com grande autoridade, de tremores de terra, vulcões, fluxo e refluxo das marés, segredos do oceano e muitos outros assuntos. Foi professor do grande São Tomás de Aquino e mereceu dos Papas o título de Padroeiro dos Sábios. Trata-se de Santo Alberto Magno. 

Três anos antes do fim de sua vida, quando fazia uma pregação na igreja, esqueceu-se de repente de todo o seu saber. Contou então aos seus ouvintes o que acontecera com ele na juventude. Depois de declarar que do íntimo do coração aceitava a fé católica na sua integridade, desceu do púlpito e se retirou para dentro da clausura de seu convento. Passou o tempo que lhe sobrava de vida no recolhimento da vida conventual, como exímio cumpridor dos ofícios de um religioso. 

Frase do dia:

"A alta santidade dos próprios Serafins é ofuscada pelo brilho das virtudes de Maria." 
(São Pedro Damião)

28º dia | Agonizante, rezava o terço... e esperava

Na batalha de Guise, em 1914 (durante a Primeira Guerra Mundial), um capelão militar francês encontrava-se numa ambulância que foi aprisionada pelos alemães. O oficial que comandara a ação lhe mostrou, no campo próximo, um soldado francês ferido e abandonado, a cabeça negra de sangue coagulado, o rosto disforme e estranhamente machucado. O padre foi ajoelhar-se ao lado dele: 

— Meu filho, sou eu o capelão do 115º Batalhão. 

— Ah! É o senhor? Passei a noite toda nesta aflição, debaixo de chuva, e fiquei rezando o Terço e pedindo que o senhor viesse até aqui! 

Pouco depois de receber os últimos sacramentos, o ferido morreu, dizendo: 

— Sou feliz, sou feliz... 

Nossa Senhora havia arranjado um meio de atender ao pedido daquele filho tão amante do Terço, ainda que fazendo um padre cair prisioneiro... 

Frase do dia:

"Por uma mulher a morte, por uma mulher a vida; por Eva a ruína, por Maria a Salvação. " 
(Santo Agostinho)

27º dia | A celeste enfermeira e o marido cruel

Narrado por Dom Bruguière, francês e vigário apostólico de Tchen-Ting-Fu, na China, eis um fato ocorrido a 23 de junho de 1894 que manifesta a bondade de Maria: 

Viajei para ministrar o sacramento da Crisma numa aldeia de meu vicariato. À minha chegada, os poucos cristãos prestavam-me todas as honras possíveis. Ao meio dia, enquanto almoçava, chegou correndo uma mulher pagã. Apresentou-se de repente e, inclinando-se até o chão, cumprimentou-me com os títulos pomposos de grande homem, grande mandarim, demonstrando a distinção da civilização chinesa. 

— Que queres? — perguntei-lhe com caridade. 

— Grande chefe, peço-vos o favor de ser admitida na catequese dos cristão. 

— Quem te falou da catequese dos cristãos? 

A mulher, de aparência doentia, tinha por marido um sujeito brutal que estava resolvido a deixá-la morrer. Rejeitou-a, aparecendo apenas para ver o avanço da doença. A mulher ficou na cama e, acabados os mantimentos e remédios, à sua fraqueza ajuntou-se o tormento da fome, e aos sofrimentos, um isolamento duro e cruel. 

Abandonada, às portas da morte, amaldiçoou sua sorte, seu marido e até seus próprios pais. Uma cristã da aldeia, porém, levou-lhe um dia um docinho e algumas palavras de consolo. 

— Amiga, se ao menos você fosse cristã... Veja, a dor não pode desanimar-nos, pois sabemos que Deus vê nossos sofrimentos e nos recompensará. Também podemos recorrer a Nossa Senhora. Custa tão pouco dizer: Santíssima Virgem que tanto padecestes, tende pena de mim... 

A doente repetiu essas palavras. A caridosa vizinha, antes de voltar para casa, como prova de amizade pendurou-lhe ao pescoço o escapulário que trazia. 

— Olha, guarda isto, é o vestido de Nossa Senhora; há de atrair sobre ti graças e proteção. 

Ficando sozinha, a pobre mulher repetia sempre: Santíssima Virgem, socorrei-me. De repente, uma senhora vestida de branco visitou-a na miserável choupana, servindo-lhe de enfermeira. Voltou vários dias para prestar-lhe assistência, mas sem dar-se a conhecer. Seus cuidados, sua bondade, seu meigo sorriso reanimaram pouco a pouco a alma e o corpo da infeliz mulher. Restabelecida esta, a senhora despediu-se dizendo: 

— Vou deixar-te porque um negócio urgentíssimo me chama à cidade; toma este remédio, e quando ficares curada, procura-me na igreja matriz. 

A doente tomou o remédio e sarou logo. Era 5 de janeiro, dia da minha chegada à aldeia. Esta mulher pagã contou-me isso de uma maneira tão sincera que não duvidei de suas palavras e aceitei-a na catequese da cidade. Não tinha sossego, tão aflita estava por tornar a ver a sua bela benfeitora. Na Páscoa, os catecúmenos foram levados à igreja. Acabava eu de rezar o ‘Gloria in Excelsis’, os sinos soavam com alegria, as imagens já estavam descobertas. 

— Ei-la, ei-la!, gritou a mulher, adiantando-se de braços erguidos. Eis a Senhora que me curou. 

Ajoelhou-se, de mãos postas e olhos fitos na imagem, suspirando de alegria. Ela é foi, durante sua vida, uma das mais fervorosas devotas da Santíssima Virgem. 

Frase do dia:

"Ela é o hospital público que Deus abriu a todos os gêneros de sofrimentos e misérias que nos acabrunham; no qual, se não se é sempre curado, encontra-se, ao menos, algum alívio." 

(São João Damasceno)

26º dia | Nossa Senhora das Lajes, um milagre estupendo

No ano de 1754, percorria uma trilha do desfiladeiro nos Andes colombianos, rumo a Ipiales, Maria Meneses de Quiñones, piedosa descendente de caciques indígenas. Dirigia-se ao seu trabalho como empregada doméstica. 

Levava aos ombros sua pequena filha Rosa, surda-muda de nascimento. Fatigada pela dureza do trajeto, sentou-se em uma gruta para descansar, enquanto a menina divertia-se subindo pela rocha. De repente, ouviu a filha dizer, com uma voz límpida e clara: 

— Mãezinha! Aqui há uma senhora branca com um menino nos braços. 

Cheia de espanto, pegou sua filhinha e correu com ela até a casa dos patrões, onde narrou o ocorrido. Mas ninguém lhe deu crédito. 

Na volta, ao passar em frente à entrada da gruta, a filha gritou: 

— Mãezinha! A senhora branca está me chamando! 

Muito assustada, pois nada via, a índia apressou o passo e, chegando a Potosi, contou a parentes, amigos e vizinhos o que se passara. A notícia espalhou-se rapidamente por toda a região. 

Decorridos poucos dias, a pequena Rosa desapareceu de casa. Após procurá-la em vão por toda a parte, a angustiada mãe teve em seu coração a certeza de que na gruta encontraria a filha, pois esta lhe repetia com freqüência: “A senhora branca está me chamando!” E para lá se dirigiu, pressurosa. 

Entrando, deparou-se maravilhada com a seguinte cena: sua filhinha, ajoelhada aos pés de uma formosa dama, brincava carinhosa e familiarmente com um menino louro. O Filho da Virgem Santíssima havia descido dos braços de sua Mãe e proporcionava à alma inocente de Rosa suas divinas e inefáveis ternuras. 

Extasiada, a índia caiu de joelhos e elevou aos céus suas preces de veneração à Mãe de Deus e de agradecimento por ter sido objeto de um tão insigne favor. Porém, receando receber de novo o menosprezo dos incrédulos, ao sair decidiu nada revelar a ninguém. Mas, desde então, passou a ir freqüentemente com sua filha à gruta, levando flores silvestres para ornar a imagem da “Senhora Branca”. 

Essa situação durou algum tempo, até o dia em que Rosa adoeceu gravemente, morrendo pouco depois. A pobre índia, amargurada, não hesitou. Levou para a gruta o cadáver da menina e depositou-o aos pés da milagrosa imagem. Com encantadora simplicidade, pediu a Nossa Senhora que devolvesse a vida à filhinha, em atenção ao amor que esta tinha por Ela. 

Sua súplica foi atendida. A Medianeira Onipotente obteve de seu divino Filho o milagre. A devota índia chegara cheia de confiança, carregando nos braços um inerte cadáver; regressou transbordante de gratidão, conduzindo a filha ressuscitada! 

Um tão imenso prodígio não podia ser mantido em segredo. Maria foi para Ipiales, onde narrou o que tinha acontecido. Desta vez, todos creram! Dirigiram-se para a igreja e deram a notícia ao Pároco. Este fez tocar os sinos, reunindo uma grande multidão que o seguiu a caminho da gruta, onde chegaram ao romper da aurora. 

Entraram todos na gruta, iluminada por luzes extraordinárias, e viram a imagem da Santíssima Virgem, gravada na pedra, como se encontra até o dia de hoje. Era o dia 15 de setembro de 1754. 

Conta-se que antigamente os pintores, em vez de assinar suas obras, marcavam-nas com sua rubrica pessoal. Desse costume parece participar o próprio Deus, ao imprimir numa rocha a imagem de sua Mãe Santíssima. Pois a Virgem das Lajes bem pode ser cognominada de assinatura de Deus na criação. 

Frase do dia:

"Que Deus obedeça a uma Mulher, é humildade sem igual; e que uma Mulher tenha autoridade para mandar em Deus é excelência sem igual." 

(São Bernardo de Claraval)