O jovem Alberto, com 16 anos, entrou na Ordem Dominicana. Seu espírito era rude e pesado. Não progredindo nos estudos, foi dominado por tanto tédio e desânimo que resolveu abandonar a vida religiosa.
Amargurado, ele preparou-se para fugir do convento durante a noite, mas antes foi rezar para despedir-se de Nossa Senhora, expondo-Lhe os motivos de seu desalento.
De repente, a imagem tomou vida, e a Rainha dos Céus falou-lhe com bondade, perguntando que ciência preferia estudar: a ciência divina ou a ciência natural? O jovem inexperiente não achava nada mais elevado do que a filosofia, por isso escolheu a ciência natural.
— Será atendido o teu pedido — disse Nossa Senhora —, mas por não dares muita importância à ciência de meu divino Filho, a tua erudição vai se apagar nos últimos anos de tua vida e recairás na tua ignorância atual.
A imagem voltou ao normal e Alberto sentiu-se mudado. A partir daí cresceu cada dia mais em seus conhecimentos, chegando a ser um dos maiores sábios que o mundo conheceu, especialmente nas ciências naturais e filosofia. Chegou-se até a dizer que ele “explicou todo o universo, desde as pedras do chão até as estrelas dos céus”.
Escreveu com assombrosa lucidez sobre astronomia, meteorologia, física, mecânica, química, antropologia, zoologia, botânica. Tratou, com grande autoridade, de tremores de terra, vulcões, fluxo e refluxo das marés, segredos do oceano e muitos outros assuntos. Foi professor do grande São Tomás de Aquino e mereceu dos Papas o título de Padroeiro dos Sábios. Trata-se de Santo Alberto Magno.
Três anos antes do fim de sua vida, quando fazia uma pregação na igreja, esqueceu-se de repente de todo o seu saber. Contou então aos seus ouvintes o que acontecera com ele na juventude. Depois de declarar que do íntimo do coração aceitava a fé católica na sua integridade, desceu do púlpito e se retirou para dentro da clausura de seu convento. Passou o tempo que lhe sobrava de vida no recolhimento da vida conventual, como exímio cumpridor dos ofícios de um religioso.
Frase do dia:
"A alta santidade dos próprios Serafins é ofuscada pelo brilho das virtudes de Maria."
(São Pedro Damião)
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