quinta-feira, 24 de março de 2016

24/03/2016 Quinta-Feira Santa: PAPA - “Eu preciso ser lavado pelo Senhor”

“Eu preciso ser lavado pelo Senhor” 

O Papa Francisco disse que a Semana Santa é a História de um Deus que por amor do homem escolhe aniquilar-se. E o clímax, onde a espoliação de Jesus parece sobrepor-se e misturar-se quase com a de seu Vigário na terra, é quando na Quinta-feira Santa, Francisco - como faz desde o início do Pontificado – inclina-se para lavar e beijar os pés dos socialmente descartados. Neste ano o Papa lavará e beijará os pés de 12 refugiados e refugiadas. Francisco celebrará a Santa Missa da Ceia do Senhor no dia 24 de março, mas pensando ao Jubileu retorna à mente a humildade de suas palavras do ano passado aos detentos do Cárcere de Rebibbia, pouco antes de ajoelhar-se diante deles: 

“Mas também eu preciso ser lavado pelo Senhor e por isso rezem durante esta Missa para que o Senhor lave também as minhas sujeiras, para que eu me torne mais escravo de vocês, mais escravo no serviço das pessoas, como foi Jesus.” 

Peçamos nós também com a mesma humildade do nosso Pastor, a misericórdia de Deus para que sejamos lavados pelo Senhor, e possamos servir ao nosso próximo. 

24/03/2016 Quinta-Feira Santa: Por que vale a pena assistir de novo à “Paixão” de Mel Gibson

A grandeza do filme “A Paixão de Cristo”, de 2004, dificilmente será superada, não só porque é uma produção católica, mas porque se trata de uma verdadeira obra de arte.

A festa da Páscoa ocupa o centro da identidade e da missão da Igreja e tem reflexos não só no interior de seus átrios, mas na própria sociedade que a circunda. Vários dos símbolos integrantes da cultura ocidental, como o crucifixo, possuem um profundo significado místico. Feriados de que hoje as pessoas se servem simplesmente para descansar e festejar, como o Carnaval e o próprioCorpus Christi, mudam de data todos os anos por uma razão religiosa: de meados de março até o começo de abril, os cristãos — e, no Brasil, especialmente os católicos — se preparam para lembrar o evento mais importante de suas vidas: a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, no período que é conhecido como Semana Santa. 

Mesmo contando com uma data específica no calendário civil e religioso, os discípulos de Cristo são chamados a “fazer memória” da Paixão de seu Mestre sempre, e a razão disso se depreende do próprio significado desse evento: foi por esse fato histórico, ocorrido em Jerusalém, no ano 33 d.C., que a humanidade inteira foi salva de seus pecados e introduzida na própria vida divina. Com a “passagem” de Cristo da morte à ressurreição, todos os homens também são chamados a morrer para o pecado e para uma vida velha, e nascer, ressurgir, para uma vida nova de graça e santidade. 

É essa a mensagem universal, contida nos Evangelhos, que é retratada pelo filme de 2004, The Passion of the Christ (“A Paixão de Cristo”), de Mel Gibson, ao qual vale a pena assistir novamente nesta Semana Santa. O filme começa, de fato, com a conhecida descrição de Isaías sobre o Servo Sofredor: “Ele foi ferido por causa de nossas transgressões, esmagado por causa de nossas iniquidades; por suas feridas somos curados” (Is 53, 5). Cristo não morreu por uma causa, não Se entregou simplesmente por uma “mensagem bonita” em que acreditava. Também os que morrem por razões humanas são capazes disso. Jesus de Nazaré morreu para salvar todos os homens ecada um deles em particular. Por esse motivo, a mensagem de “A Paixão de Cristo” toca a todas as pessoas, independentemente do clã a que pertençam. 

Alguém pode perguntar o porquê da menção específica à “Paixão” de Mel Gibson, quando tantas outras obras artísticas retratam a vida de Jesus — desde as várias pinturas que hoje temos a um clique na Internet, passando pelos oratórios de Johann Sebastian Bach, até os filmes mais recentes ligados ao mesmo tema, como o lançamento Risen (“Ressurreição”, no Brasil), com um foco nos episódios posteriores à Ressurreição. O que traz de novo, afinal, “A Paixão de Cristo”? Por que recomendar esse filme em especial — mesmo doze anos após o seu lançamento? 

As respostas para essa pergunta são várias porque a produção de Mel Gibson é extraordinária em muitos sentidos: o realismo com que se representa o sofrimento de Cristo, o cuidado na escolha das personagens e na sua caracterização, o uso do aramaico e do latim para reproduzir os diálogos originais… Há muito sobre o que falar, tanto em relação aos bastidores quanto à exibição em si. Uma característica, no entanto, merece especial atenção: a “catolicidade” do filme, manifesta principalmente na alusão ao sacramento da Eucaristia e no destaque que é dado à figura de Nossa Senhora. 

Cumpre falar, antes de qualquer coisa, da experiência pessoal com a fé católica que compartilham os principais envolvidos na produção cinematográfica. 

Mel Gibson, o diretor, já falou em várias entrevistas sobre a sua identidade católica — ainda que muitos escândalos tenham obscurecido a sua reputação nos últimos anos. Jim Caviezel, que interpretou Jesus Cristo, revelou que comungava todos os dias antes das gravações. “Nós somos ambos católicos romanos”, diz Caviezel, referindo-se a Mel. “Ele arrumou uma missa em latim para mim. Eu também recebia todo dia a comunhão eucarística antes de filmar”. 

As filmagens propriamente ditas constituíam uma verdadeira batalha espiritual, como confessa o protagonista:

Como era o processo de maquiagem? 
Nos períodos piores, demorava das 2h da manhã até as 10h. Precisava ficar curvado, e eles aplicavam a pele em mim. Era torturante, começou a me enfraquecer. Era difícil de engolir a comida, sentia frio o tempo todo, desloquei o ombro, lutei contra a hipotermia, sofri uma infecção no pulmão e uma pneumonia, tinha um corte de 35 centímetros nas minhas costas, esfolados e dores por causa das correntes, dores de cabeça severas e infecções na pele — e, um dia, fui atingido por um raio. 

Como aconteceu? 
Nós estávamos num penhasco, nos preparando para rodar o Sermão da Montanha e fui atingido por um raio. As pessoas começaram a gritar e me contaram que eu tinha fogo nos dois lados da cabeça e uma luz em volta de mim. Foi assustador. 

Quanto você esteve perto de não sobreviver? 
Muito perto. Usar a coroa parece desconfortável. Era muito difícil. Tinha dores de cabeça porque os espinhos eram presos por um fio na minha cabeça, já que o vento era demais. E tinha de focar com meu olho fechado, o que me levou a terríveis dores de cabeça também. 

Quais foram os efeitos em você? 
Foi muito cansativo. Tinha de duas a três horas de sono por noite. Você começa a ficar louco e a entrar em pânico. Não conseguia respirar, estremecia, não tinha paciência. E tive essas dores de cabeça, que me atormentavam. 

De quanta força física você precisava para ficar na cruz? 
Tinha de ir à academia depois da filmagem porque ia ficar na cruz o dia todo naquela posição estranha. Precisava de força. Finalmente, quando estava na cruz, foi tão ruim que, na hora em que digo, “Senhor, por que me abandonaste?”, eu realmente senti aquilo! No subtexto, estava falando: “Você obviamente não se importa se eu faço este filme ou não, quem sabe se você existe?”. Mas posso dizer que, passando por tudo isso, compreendi muito profundamente que Ele existe. Eu o amo mais agora do que nunca. 

Além da fé católica do diretor e do ator principal do filme, vale lembrar o milagre da “conversão de Judas”, que aconteceu no decorrer das filmagens. O italiano Luca Lionello, que interpretou Judas Iscariotes, se converteu à Igreja após o filme, atribuindo à Paixão a sua mudança de vida. Ele era ateu. 

É claro que nenhuma dessas características produz necessariamente um bom espetáculo — para tanto, demanda-se talento artístico, além da fé. Essas referências, todavia, põem à luz como que “a alma” do filme, que não consistiu apenas em reproduzir “a arte pela arte”, mas em externar o profundo senso religioso de seus realizadores. Além da óbvia alusão ao Novo Testamento, sabe-se, por exemplo, que Gibson lançou mão de algumas mensagens de Nosso Senhor a uma beata católica — a religiosa alemã Anna Catharina Emmerich —, as quais, embora não obriguem à fé, ajudam muito na meditação dos sofrimentos do Redentor. 

A “catolicidade” da trama é muito nítida, além disso, na íntima conexão que se dá entre a celebração da Última Ceia e a cena da crucificação. A associação desses dois episódios não vem da cabeça de Mel, mas da doutrina católica, que vê nos dois sacrifícios — o da Eucaristia e o da Cruz — essencialmente o mesmo sacrifício [1], pelo que, quando celebra a Santa Missa, o sacerdote renova a entrega única e definitiva de Cristo e dá a todos os que O comungam colher em suas vidas os frutos de Sua oblação. Por isso, quando comungamos, diz um santo da Igreja [2], é como se nos aproximássemos do próprio Cristo pendente na Cruz para beber do sangue que brota de Seu lado ferido pela lança. 

Igualmente notável é o tratamento especial dado à Mãe do Redentor ao longo de toda a história. Alguns críticos de matriz protestante questionaram essa “obsessão” com Maria — as suas aparições seriam “exageradas” e incompatíveis com a narrativa evangélica.

Para nós, católicos, no entanto, não havia surpresa nenhuma: a mesma piedade que fez Mel Gibson mostrar a Virgem das Dores permanentemente ao lado de seu Filho, seja na Sua vida oculta, seja na Sua agonia, não só faz ecoar os Evangelhos (cf. Lc 2, 51; Jo 19, 25-27), como constitui a mesma devoção que desde sempre inspirou os cristãos a cantarem louvores à Mãe de Deus — como no famoso hino medieval Stabat Mater —, a retratarem o seu luto nas inúmeras obras a que se deu o nome de Pietà, e a meditar durante a Quaresma o belíssimo e emocionante encontro entre o Filho e a Sua Mãe na Via Crucis.

Os cristãos sempre veneraram Nossa Senhora com honras e títulos especialíssimos — vide o Concílio de Éfeso e os louvores que o próprio Lutero, fundador do protestantismo, teceu à Mãe de Deus. São os protestantes modernos que tentam “inventar a roda” e talhar um cristianismo à sua própria medida, sem nenhuma referência à Mãe de Jesus ou aos Seus amigos mais íntimos, que são os santos. Nesse sentido, a “Paixão” de Mel Gibson não é um filme mariano porque é exagerado, mas simplesmente porque é verossímil. 

Dita verossimilhança salta aos olhos, por exemplo, quando se assiste ao recém-lançado Risen(“Ressurreição”), do diretor Kevin Reynolds — aparentemente, uma tentativa de dar sequência à produção de Mel Gibson, mais restrita à narrativa da Paixão. No filme deste ano, de tendência assumidamente protestante, Nossa Senhora aparece tão somente na cena da crucificação, gritando histericamente no meio de uma multidão amorfa de pessoas. O retrato pode até não configurar propriamente um insulto, mas é de um reducionismo absurdo e revoltante. Tudo bem que o foco do filme tenha sido outro período da vida de Jesus — e, quanto a isso, talvez valha a pena escrever uma resenha especial sobre o filme inteiro —, mas nada justifica um tratamento tão frio e indiferente à Mãe de Deus, quando os próprios Evangelhos ressaltam a sua presença especial aos pés da Cruz, chegando mesmo a sustentar um diálogo com seu Filho (cf. Jo 19, 25-27). Aparentemente, para ignorar a Mãe de Deus, até mutilar indevidamente as Escrituras está valendo. 

De qualquer modo, não é necessário servir-se de muitas comparações para concluir que a grandeza da “Paixão” de Mel Gibson dificilmente será superada. Não porque é uma produção católica, mas porque é uma verdadeira obra de arte — e, como toda arte autêntica, põe os seus admiradores em contato com o belo. Quando o tema da obra é o Verbo encarnado, então, ela vai elevada à enésima potência — ao infinito, melhor dizendo, de onde saiu o Cristo que padece por nós no Calvário. 

Nesta Semana Santa, vale a pena assistir uma vez mais a The Passion of the Christ e redescobrir o grande mistério da nossa salvação. “De tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). Creia firmemente nisso e deixe que essa verdade transforme a sua vida.

fonte: Aleteia

23/03/2016 Quarta-Feira Santa: Judas e eu

Será que existe um pouco de Judas no seu coração? A resposta vai surpreender você. 

“Um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse: ‘O que me dareis se vos entregar Jesus?’ Combinaram, então, trinta moedas de prata” (Mt26,14s) 

Foi um discípulo quem entregou Jesus, um “cristão”. Se os judeus foram culpados por rejeitarem seu Messias e tramarem Sua morte, se os romanos tiveram culpa pela covardia de Pilatos que preferiu lavar as mãos, nós, os discípulos também temos a nossa parte, também somos representados nesta triste cena. 

Judas era um dos nossos, era como nós: fora amorosamente chamado por Jesus; o Mestre o chamou pelo nome, convidou-o a conviver com Ele… Judas comera com Jesus, escutara a Sua palavra, como nós… Também comemos à Mesa do Mestre na Eucaristia, também escutamos Suas palavra poclamada de modo solene em cada Sacrifício da Missa… 

Por que Judas traiu Jesus? 
Os motivos não são totalmente claros… Ao que parece, os apóstolos, de modo geral, esperavam um messias glorioso, potente, que restaurasse o antigo reino de Israel; e contavam em participar das glórias e vantagens de tal reino. 

Pouco a pouco, Jesus foi decepcionando as ilusões deles: era um Messias humilde, pobre, servidor, manso! Entrou na casa de Zaqueu, o publicano pelego, curou o servo do centurião do exército romano opressor e elogiou-lhe a fé, mandou perdoar os inimigos e afirmou que o Seu Reino era de paz e verdade… 

Certamente, que os Doze tiveram, coitados, que ir mudando de mentalidade, tivera quem ir deixando suas ilusões para abraçar a proposta de Jesus. Parece que Judas não foi capaz… Decepcionou-se com o Mestre. A decepção virou amargura, a amargura tornou-se raiva e a raiva levou Judas a tornar-se cínico ante tudo que dizia respeito a Jesus: ficou entre os Doze, mas já não estava lá de coração, já não era um discípulo, já não era realmente um dos Doze. Começou a roubar o dinheiro da bolsa comum e, agora, estava decidido a entregar Jesus… Era um dos nossos, um de nós, um como nós… 

Somos também tentado, às vezes, a nos decepcionar com o Senhor: Ele não faz como esperamos, não age como desejaríamos, não nos dá satisfação. A tentação é deixa-Lo pra lá ou mesmo ficar entre os discípulos não mais sendo um verdadeiro discípulo, fazendo do nosso modo, ou até traí-Lo, vendendo-nos às paixões, ao vício, à desonestidade, aos valores do mundo, ao pecado, a uma vida dupla… 

Senhor, Jesus, por misericórdia, por piedade, não permitas que eu Te traia! Sou do mesmo material de Judas, meu irmão! Sou pobre, às vezes, mesquinho, não consigo sempre ver com a largueza e profundidade do Teu Coração… Às vezes duvido, às vezes tenho uma dificuldade medonha de aceitar de verdade Tuas exigências… Socorre-me, Senhor, Para que eu não faça como Judas ou pior que Judas! Aquele lá, ao menos depois chorou e enforcou-se… Eu poderia fazer pior: Poderia continuar, cínico, teimando no meu pecado, no meu erro, defendendo a minha posição e dizendo que o errado és Tu, que és ultrapassado, anacrônico! Piedade de mim, Jesus, pela Tua Paixão! Lembra-Te de mim, quando vieres no Teu Reino! 

Dom Henrique Soares, Bispo de Palmares

fonte: Aleteia

22/03/2016 Terça-Feira Santa: Virgem das Dores




















Mãe, como entender 
A espada de dor que transpassou o teu coração 
Oh! Mãe, como suportar ter que sair 
E deixar pra trás tua casa, teu lar... 
Abraça Jesus e com teu José 
Segue o caminho, Deus vai te levar 
Virgem das dores! 
Mãe, onde procurar? 
O Menino Jesus já foi cuidar das coisas do Pai 
Oh! Mãe, estavas lá no caminho da cruz 
A derramar um lamento de amor... 
Olhar pra Jesus e abraçar João
A morte do Filho fez nascer irmãos, 
Virgem das dores! 
 Mãe, como não chorar 
Ao abraçar teu Menino Deus que se aniquilou 
Oh! Mãe, o sepulcro será 
Sacrário divino que acolherá o Santo de Deus!
Mãe, Virgem das dores 
O Teu amor me sustenta e me faz ser fiel a Jesus 
E me ensina o caminho sagrado da cruz 
Onde a dor e a alegria são caminhos de amor!


21/03/2016 Segunda-Feira Santa: Os 3 verbos do lava-pés, segundo o papa Francisco

Prepare-se para o rito “inesperado e chocante” em que Deus se abaixa para nos lavar os pés! 

Na audiência geral que antecedeu esta Semana Santa, o papa Francisco abordou o significado de um ato que Jesus realizou na Última Ceia e que foi “tão inesperado e chocante” que “Pedro nem queria aceitá-lo”: o profundamente simbólico rito do lava-pés. 

Quando se abaixou até os pés dos discípulos e os lavou, Jesus quis deixar claro que se fez servo e que nós também devemos ser servos uns dos outros: “Também vós deveis lavar os pés uns dos outros”, afirma Ele, explicitamente, em Jo 13,12-14. 


Servir 
Ser “servos” uns dos outros nada tem a ver com “servilismo” ou “escravidão”: trata-se do “mandamento novo” do amor real ao próximo através do “serviço concreto”, e não apenas “de palavra”. O amor é um “serviço humilde”, concretizado “no silêncio”: “Não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita”, pede Ele, em Mt 6,3. 


Perdoar 
O lava-pés representa o chamado de Jesus a “confessarmos os nossos pecados e a rezarmos uns pelos outros, para saber-nos perdoar de coração”. O papa Francisco evocou neste sentido um texto de Santo Agostinho: “Não desdenhe o cristão fazer aquilo que Cristo fez. Porque quando o corpo se inclina até o pé do irmão, acende-se no coração o sentimento de humildade, ou, já se existisse, é alimentado (…) Perdoemo-nos os nossos erros e rezemos uns pelo perdão dos pecados dos outros. Assim, de algum modo, lavaremos nossos pés mutuamente”. 

Ajudar 
O papa recordou as pessoas que vivem a vida inteira “no serviço dos outros” e, como exemplo, contou que recebeu uma carta de uma pessoa agradecida por este ano da misericórdia: a pessoa em questão “me pediu rezar por ela, para que ela esteja mais perto de nosso Senhor. A vida dessa pessoa era cuidar da mãe e do irmão; a mãe está de cama, idosa, lúcida, mas sem poder se mexer; e o irmão é deficiente, numa cadeira de rodas”. Francisco resumiu duas vezes este caso declarando: “Isto é amor!”. 

Conclusão 
Francisco encerrou a audiência com uma frase que sintetiza toda a mensagem: “Queridos irmãos e irmãs: ser misericordiosos como o Pai significa seguir Jesus no caminho do serviço”.

fonte: Aleteia

SEMANA SANTA: CAMINHO DE MISERICÓRDIA

Chegamos na Semana Maior: A SEMANA SANTA. 

Que possamos juntos trilhar este caminho, de misericórdia com nosso Deus, contemplando todos os dias a Santa Missa, e conhecendo Sua palavra que nos nos mostra toda doçura e o bem viver para o amor e a paz. 

Jesus, tende misericórdia de nós, porque somos pecadores. 

19/03/2016: SÃO JOSÉ, ESPOSO DE MARIA

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus 
(Mt 1, 16.18-21.24a) 

Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: "José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados". Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado. 

É com grande júbilo que recebemos hoje das mãos de Deus a oportunidade de festejar a solenidade de São José, castíssimo esposo da Virgem Maria e pai putativo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Dedicado, como lemos no Evangelho, ao cuidado e à educação do Filho eterno de Deus, São José, além de seus inúmeros títulos, é venerado e honrado pelos cristãos como padroeiro e protetor da Igreja universal, Corpo místico dAquele que o Pai tão amorosamente lhe confiou. Esta feliz comemoração, que o Senhor quis antecedesse neste ano o Domingo de Ramos, reveste-se de tons especiais não apenas porque tempera suave e piedosamente a austeridade da Quaresma, mas também e acima de tudo porque nos recorda, neste Jubileu da Misericórdia, o carinho com que o Pai celeste põe a Igreja de seu Filho bem-amado sob a proteção paterna do maior de todos os santos. E é precisamente por causa de sua casta intimidade com a bem-aventurada Virgem, de sua afetuosa união com Jesus e de sua condição de chefe e cabeça da Sagrada Família que nele sempre se reconheceu uma singular (1) dignidade, sempre se venerou uma excelentíssima (2) santidade e a ele sempre se recorreu como a um (3) patrono seguro e fiel. 

1. A dignidade de São José deriva, como de sua fonte primeira, da missão de que foi investido. Chamado a presidir a sacrossanta família de Cristo, partícipe visível da autoridade do Pai, noivo e esposo da Mãe de Deus (cf. Mt 1, 16.19.20; Lc 2, 5), considerado pela Lei o legítimo pai de Jesus, a quem devia nutrir, educar e proteger — eis as altíssimas responsabilidades que, após a maternidade divina, suplicavam a Deus dons e graças deveras extraordinários. Se é certo, por um lado, que a dignidade de Maria Santíssima chega a tais alturas que nada mais sublime a possa superar, também se deve ter em conta, por outro, que devido aos estreitos laços de amor e respeito conjugal que o uniam à Virgem Deípara, bem como ao dever comum de resguardar o Messias de Israel, nenhum outro santo pôde acercar-se mais proximamente da dignidade da Mãe do Salvador do que São José, "homem de bem" (Mt 1, 19). E isto de tal forma que o Verbo de Deus, feito obediente até ao extremo, quis submeter-se à sua paternal autoridade e prestar-lhe a honra e o carinho que os filhos têm de manifestar a seus próprios pais (cf. Leão XIII, Quamquam pluries, de 5 ago. 1889). 

2. Donde se segue, como consequência espontânea, a maravilhosa santidade com que o Patrono da Igreja resplandece no céu das almas justas. Esta exímia santidade, pela qual mereceu, imediatamente após a Virgem, sobrelevar-se a todos os demais santos, aparecerá com clareza aos que souberem interpretar o modesto silêncio que os Evangelhos guardam a seu respeito. Já o evangelista São Mateus no-lo apresenta como modelo de fé, por haver crido sem reservas na revelação do Anjo: "José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo" (Mt 1, 20). A essa fidúcia no Senhor vem somar-se a filial obediência com que se submetia à vontade divina: "Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado" (Mt 1, 24). Novamente se há de manifestar esta entrega total à Providência, quando a cólera de Herodes vier bater à porta da família de Deus: "José", tendo ouvido a ordem do Senhor, "levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito" (Mt 2, 14). 

Alma silenciosa, da qual não nos chegou uma palavra sequer, São José, talvez por esta razão mesma, é também modelo de profunda humildade. Embora conhecesse o duplo e riquíssimo tesouro que lhe fora entregue — Jesus e Maria —, escondeu-o dos olhos do mundo e, como que esquecido de si, passou pela vida como um homem qualquer, tido na opinião dos judeus por simples trabalhador manual: "Não é este o filho do carpinteiro?" (Mt 13, 55; cf. Lc 3, 23), dirão mais tarde os conterrâneos de Cristo. Dado por esposo àquela que é a Virgem das virgens, convinha-lhe guardar uma perfeita virgindade, de modo que a honestidade de sua esposa fosse mais firmemente atestada e que a casa divina, na qual estava em germe a Igreja nascente, fosse desde o princípio o berço do mais puro e casto amor. Não se poderia deixar de ver, por fim, na base de tão grandes e insignes virtudes, a fervente caridade que o inflamava de zelo e amor pelo Pai, cujas vezes tão devota e piamente teve de fazer; por Jesus, a quem tanto queria como se fora seu fruto; e pela Virgem, cujo pudor defendia e de cuja vida teve a alegria de tornar-se partícipe. 

3. É por estas razões que o beatíssimo Patriarca contempla todos e cada um dos fieis, membros de um só e mesmo Corpo místico, como especialmente confiados ao seu paterno afeto e patrocínio. Não há, pois, nada mais consentâneo e conforme à divina bondade do que permitir que aquele, que outrora em Nazaré cumpriu, no decurso duma vida escondida, os deveres de custódio e administrador da Sagrada Família, defenda e proteja agora, com auxílios celestes, esta santa e católica família, dilatada pelos quatro cantos do mundo, que é a Igreja de Cristo. Nele, com efeito, têm os casais um exemplo de amor, de modéstia, de fidelidade esponsal. Dele todos aprendem, sejam pobres ou ricos, quais bens se devem almejar, qual o modelo têm a seguir, a que protetor podem recorrer. Donde se compreende que o culto que se lhe deve prestar, se com razão não pode, de modo nenhum, equiparar-se nem à adoração, devida somente a Deus, nem à hiperdulia, com que honramos nossa Mãe do Céu, deve ser distinto e superior àquele prestado aos demais santos. Por isso, a Igreja exibe ao seu amável Patrono um culto dito de protodulia, mais conforme à dignidade e aos singulares privilégios de que foi enriquecido aquele que, agora e por toda eternidade, tem sob os seus cuidados a nossa pequenina família humana, o nosso humilde trabalho e o nosso singelo apostolado.

SÃO JOSÉ, ROGAI POR NÓS!

Fonte: Homilia Diária Pe. Paulo Ricardo

18/03/2016 - 32ª REFLEXÃO: "O FILHO DE DEUS"

O Evangelho nos transporta hoje à cidade santa. Desta vez, é por ocasião da festa da Consagração (Hanouka) que assistimos a uma multidão de judeus acorrer a Jerusalém, a fim de comemorar a purificação do altar e a dedicação do Templo por Judas Macabeu, depois do seu triunfo sobre os gentios (cf. 1Mc 4, 41-60). Era, pois, inverno (cf. Jo 10, 22) e o ano judaico ia já pelo vigésimo quinto dia do que atualmente corresponde ao mês de dezembro. Logo após o famoso discurso do bom pastor e pouco antes da ressurreição de Lázaro (cf. Jo 10, 1-18; 11, 1-44), a Liturgia nos apresenta o Senhor cercado de todos os lados e instado com hostilidade pelo povo. "Até quando nos deixará na incerteza?" (Jo 10, 24), vinham-lhe perguntado há tempos, fosse por curiosidade, fosse por desdém, fosse enfim para o pôr à prova e o poderem acusar. O fato é que os judeus, teimosos e insistentes, pressionam Jesus a confessar, de uma vez por todas, se é ou não é o Messias de Israel. 

Cristo, no entanto, responde-lhes com uma palavra ainda mais ousada e surpreendente. "Eu vo-lo digo, mas não credes. As obras que faço em nome de meu Pai, estas dão testemunho de mim. Entretanto, não credes, porque não sois das minhas ovelhas" (Jo 10, 25s). Feita esta repreensão, Jesus conclui com uma afirmação categórica — inconfundível e evidente a um filho de Jacó — de que Ele é não só o Messias, mas também, e sobretudo, o próprio Deus: "Eu e Pai somos um" (Jo 10, 30). Lembremo-nos, aliás, de que ainda devia ressoar nos ouvidos do povo aqueloutra revelação, não menos evidente quanto "escandalosa" (cf. 1Cor 1, 23): "Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão fosse, Eu sou" (Jo 8, 58), numa também cristalina referência à perícope da sarça ardente (cf. Ex 3, 13s). A essas declarações, as mais óbvias e "dramáticas" possíveis, os judeus pela segunda vez pegaram pedras para calar o Verbo eterno do Pai: "Não é por alguma obra boa que te queremos apedrejar", dizem, "mas por uma blasfêmia, porque, sendo homem, te fazes Deus" (Jo 10, 33). 

Com efeito, não foi por outra razão que, momentos mais tarde, conduziriam o Senhor à presença de Caifás. Nem todo o falso processo montando ardilosamente para o entregar à morte tinha outra finalidade senão arrancar-lhe a resposta mortífera e derradeira. "Dize-nos se és o Cristo!", pergunta o Sinédrio. "Por Deus vivo, conjuro-te que nos digas se és o Cristo, o Filho de Deus!", intima-o o Sumo Sacerdote. E assim responde: "Sim, Eu sou" (cf. Mt 26, 64; Mc 15, 62; Lc 22, 70). Não o acusam de usar em vão santo nome de Yahweh; não o acusam de agitador das massas; não o acusam de prevaricador da Lei, nem de falso profeto. Acusam-no de igualar-se ao Pai. — Acaso pensas ser Deus, Jesus? Portanto, que "necessidade temos ainda de testemunhas? Acabastes de ouvir a blasfêmia! Qual o vosso parecer?" E todos deram a sentença, uníssonos e concordes na atrocidade deste deicídio: "Merece a morte!" (Mt 26, 65s). 

Toda a vida de Nosso Senhor, desde a sua concepção virginal até à sua gloriosa Ascensão aos céus, testemunha-nos de modo inegável que a divindade de Jesus foi, é e sempre será uma pedra de tropeço para os que não se dispõem a crer que o Deus que habita em luz inacessível (cf. 1Tm 6, 16) revestiu-se de condição mortal e veio vistar os que estavam perdidos, veio dar vida aos que jaziam à beira do caminho. Aproveitemos, pois, este Evangelho para renovarmos o ponto cardeal da nossa sacrossanta fé católica. Não nos deixemos seduzir pela pseudo-erudição de críticas pretensiosamente "científicas"; não caiamos nesta modernice tola de reduzir Jesus a um simples "mestre", a um "revolucionário do seu tempo", a um "grande espírito" etc. Sejamos firmes ao professar, como desde sempre professaram as almas cristãs, que Cristo Jesus é um só com o Pai, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, gerado, não criado, nascido antes de todos os séculos: "Sim, Eu sou" — "Yahweh"!

Fonte: Homilia Diária Pe. Paulo Ricardo

17/03/2016 - 31ª REFLEXÃO: "MAS JESUS SE CONDENOU"

O Senhor, que ontem se nos apresentou como a verdade que liberta, é hoje quase apedrejado por aqueles mesmos — os "filhos de Abraão" segundo a carne — que viera libertar. Além de seu patente sentido histórico, este Evangelho tem também um aspecto místico, ressaltado por São Beda, o Venerável. Diz o monge inglês que as pedras com que os judeus pretendiam lapidar Jesus simbolizam os nossos maus pensamentos. "Pegaram então em pedras para lhas atirar": e tantas são as pedras que lançamos contra Cristo quantas são as perversidades que maquinamos. Vê bem, alma cristã. Concebeste um crime? desejaste aquele pecado? admitiste que um mal desejo te invadisse? Fica, pois, sabendo que é contra Cristo que te levantaste. Conta quantas vezes ao dia pensaste algo contra o Senhor. Tantas foram as pedras que pegaste para o apedrejar: "Quot malas cogitationes quis assumit, quasi tot lapides in Iesum mittit" (Catena in Io., cap. VIII, l. 14). Que de mais miserável, de mais soez, de mais baixo lhe pode suceder, alma cristã, do que te tornares algoz dAquele que morreu por ti? 

E o que faz o Salvador ao ver avançar contra si este pedaço soberbo de barro que é o homem? Responde o Evangelista: "Jesus, porém, se ocultou e saiu do templo". Ora, que nos diz o Senhor com este "esconder-se" de nós, senão que a própria Verdade foge aos que não a querem seguir e ouvir? "A essas palavras", diz São João, revoltaram-se os judeus e quiseram calar a Palavra eterna do Pai. Pois a Verdade se esquiva dos espíritos que preferem os próprios caminhos e pesamentos (cf. Is 55, 9) a cingir os rins do próprio entendimento (cf. 1Pd 1, 13): "Eam quippe quam non invenit humilem, veritas fugit mentem" (S. Gregório, Catena, ibid.). Faz-se encontrar, no entanto, por aqueles que, com humildade, resistem à loucura dos soberbos e se prostram diante dAquele que excede toda a inteligência (cf. Fil 4, 7), do Único que nos pode fazer capazes de conhecer o Verdadeiro (cf. 1Jo 5, 20). Por isso, se arde em nós o desejo sincero de conhecer a verdade, peçamos a Deus a humildade necessária para reconhecê-la a abraçá-la. 

Roguemos também à Virgem Maria que nos alcance a graça de correspondermos com mais generosidade à nossa vocação de cristãos, chamados a amar a Verdade, que é Cristo, e dela dar testemunho diante dos homens. Por graça do Altíssimo, fomos feitos descendentes de Abraão, co-herdeiros das promessas, filhos adotivos do Pai. Ele, que do nosso coração de pedra pode fazer brotar a fé e a humildade de verdadeiros santos (cf. Mt 3, 9), nos chama a aproveitar estes últimos dias da Quaresma para praticarmos a melhor e mais grata penitência interior: dobrar o entendimento a tão sublimes mistérios, a tão doce Redentor, a tão amável Verdade.

fonte: Homilia Diária Pe. Paulo Ricardo


16/03/2016 - 30ª REFLEXÃO: "A VERDADE VOS LIBERTARÁ"

"Conhecereis a verdade", diz hoje o Senhor, "e a verdade vos libertará." Mas o que significa, em termos precisos, esse "conhecereis a verdade"? Lembremo-nos, em primeiro lugar, de que Jesus, pouco antes da Paixão, se identifica com a própria verdade: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14, 6), responde a Tomé. Enquanto homem, é caminho para o Pai; enquanto Deus, é verdade e vida para os homens. Verdade essa, porém, à qual o nosso espírito se deve abrir e abrir-se por meio da fé. Ora, a dificuldade que temos em nos descerrar à verdade, que é Cristo, reside antes e primariamente na nossa soberba. Devido às más inclinações e a um orgulho inchado, todos nós experimentamos uma certa tendência a, sobretudo no campo moral e religioso, persuadir-nos de que seja falso ou ao menos duvidoso aquilo que não desejamos reconhecer que seja verdadeiro (cf. Pio XII, Humani Generis, n. 2). 

Isso porque a verdade tem a peculiar capacidade de humilhar-nos, de fazer caírem as escamas dos nossos olhos, de nos revelar quem de fato somos. Por isso, as nossas mais mais imediatas reações diante duma verdade sobre nós mesmos é a fuga, a negação, a mentira. É o que vemos tão bem ilustrado nos judeus deste Evangelho. Que lhes diz o Senhor, afinal? "A verdade vos libertará". E que respondem os ouvintes? "Somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém." Eis, escancarada, a primeira mentira. Ah! sois filhos de Abraão? Então como dizeis que não sois escravos? Não foi a descendência do vosso pai dominada pelos egípcios, pelos assírios, pelos babilônios e pelos gregos? Ora, não é o jugo romano que agora a oprime e sufoca? Como então dizeis: "Nunca fomos escravos"? Abri as crônicas do vosso povo e vereis o quanto se engana a vossa soberba, o quanto vos cega a sobranceria da vossa raça! 

Cristo é, pois, essa verdade que humilha e fere, que mostra a serviço de quem pusemos o nosso coração. "Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é escravo do pecado". Caprichos e paixões, veleidades e fantasias, preconceitos e mentiras, — eis aí os senhores aos quais servimos, eis aí as obras que o pai e príncipe deste mundo nos incita a fazer. Aproveitemos estes últimos dias da Quaresma para, em ossa oração mental, pedirmos mais fé e mais humildade a Nosso Senhor. Em nossas comunhões, não deixemos também de implorar a Jesus Sacramentado que instale em nosso coração soberbo o seu reinado definitivo, no qual nem o orgulho nem o amor-próprio desordenado podem ter lugar. Que a Virgem Santíssima, Refúgio dos pecadores, nos alcance a graça de sermos configurados à mansidão e à humildade de seu Filho, cuja verdade, devolvendo-nos a visão e o realismo, nos faz livres para amar a Deus com desprendimento e leveza.

fonte: Homilia Diária Pe. Paulo Ricardo

15/03/2016 - 29ª REFLEXÃO: "JESUS, MÉDICO DAS ALMAS"

"A nenhum doente será recusada a vitória da cruz, e não há ninguém que não encontre socorro na oração de Cristo; se ela aproveitou a muitos dos seus algozes, quanto mais não ajudará os que se voltam para Ele?" - (Comentário de São Leão Magno) 

"Se não crerdes o que Eu sou", diz o Senhor no Evangelho de hoje, "morrereis no vosso pecado." Nesta breve e ao mesmo tempo terrível revelação, Jesus nos indica uma vez mais a sua identidade divina. Aquele Eu sou ('ἐγώ εἰμι'), com efeito, nos remete quase que espontaneamente ao episódio da sarça ardente, no qual Deus dá a conhecer o seu nome ao povo de Israel. "Quando eu for para junto dos israelitas", perguntara Moisés, "e lhes disser que o Deus de seus pais me enviou a eles, que lhes responderei se me perguntarem qual é o seu nome?" (Ex 3, 13). O Senhor disse então a Moisés: "Eu sou aquele que sou" — "᾿Εγώ εἰμι ὁ ὤν" (Ex 3, 14). Sendo Ele, pois, um com o Pai (cf. Jo 10, 30), Jesus pôde afirmar com verdadeira autoridade: "Se não crerdes o que Eu sou, morrereis no vosso pecado." Temos aqui uma boa ocasião para relembrarmos o que nos ensina a Igreja a respeito do mistério da Queda e de seu nexo necessário com a doutrina da Redenção por meio de Cristo Jesus. 

Já o Apóstolo Paulo, escrevendo à igreja de Roma por volta do ano 57, afirmava: "Pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores" (Rm 5, 19). Implicados no pecado de seu pai comum, todos os homens são, por isso mesmo, afetados pela primeira prevaricação e, privados da graça e santidade originais, nascem com uma natureza decaída, isto é, corrompida pelas consequências da falta de nossos primeiros pais: "lesada em suas próprias forças naturais, submetida à ignorância, ao sofrimento e ao império da morte, e inclinada ao pecado" (CIC 405), a natureza humana comum a todos nós é, deste modo, transmitida à humanidade inteira com as mesmas doenças com que o Senhor justamente castigara Adão e Eva (cf. Gn 2, 16s; 3, 6-24). "Como por meio de um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo pecado a morte, assim a morte passou para todos os homens, porque todos pecaram" (Rm 5, 12). Em Adão, portanto, todos nos tornamos, "por natureza, verdadeiros objetos da ira divina" (Ef 2, 3). 

Deus, porém, não nos abandonou ao poder da morte e da corrupção. Em sua infinita misericórdia, quis o Senhor dar-nos bens muito melhores "do que aqueles que a inveja do Demônio nos havia subtraído" (Leão Magno, Serm. 73, 4). Por isso, a fim de fazer o bem triunfar sobre o mal e superabundar a graça onde avultou o pecado (cf. Rm 5, 20), enviou-nos "nestes últimos dias" (Hb 1, 1) o seu Filho bem-amado (cf. Mc 1, 11), Jesus Cristo, "cheio de graça e de verdade" (Jo 1, 14). Nele, encontramos o médico de nossa alma; por Ele, recebemos do Céu o remédio para as nossas culpas; com Ele, tornamo-nos co-herdeiros do Reino (cf. Rm 8, 17) e da glorificação que nos foi prometida. Daí, pois, a urgência com que a Igreja sempre se esforçou por levar a todas as gentes a fé no Salvador do gênero humano; daí, antes de mais, a necessidade de crermos nAquele que, esvaziando-se a si mesmo (cf. Fil 2, 7), fez-se "propiciação pelos nossos pecados" (1Jo 2, 2). Que Deus, "que quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade" (1Tm 2, 4), faça de nós espíritos missionários, sempre atentos à salutífera advertência que o Senhor fez brotar dos lábios do discípulo amado: "Quem possui o Filho possui a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida" (1Jo 5, 12).

Fonte: Homilia Diária Pe. Paulo Ricardo

14/03/2016 - 28ª REFLEXÃO: "EU SOU A LUZ DO MUNDO"

Damos hoje início ao oitavo capítulo do Evangelho segundo São João. Os fatos ouvidos há pouco aconteceram logo após Jesus ter perdoado no Templo de Jerusalém uma mulher apanhada em adultério (cf. Jo 8, 1-11). Depois deste incidente, uma nova discussão surge entre os fariseus e Nosso Senhor, que lhes dirige essas palavras cheias de pretensão, mas também cheias de inegável verdade: "Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida." É este, aliás, um dos últimos ensinamentos de Cristo pouco antes da Paixão: "Eu vim como luz ao mundo; assim, todo aquele que crer em mim não ficará nas trevas" (Jo 12, 46). 

Trata-se da mesma verdade com que São João encabeça o seu relato: "Nele havia vida, e a vida era a luz dos homens" (Jo 1, 4). E o Apóstolo Paulo, escrevendo aos fieis de Tessalônica, não tem outro parecer: "Mas vós, irmãos, não estais em trevas, de modo que esse dia [a vinda do Senhor] vos surpreenda como um ladrão. Pois todos sois filhos da luz e filhos do dia" (1Ts 5, 4s). As "trevas", ensina por fim o discípulo a quem Jesus amava, "passam e já resplandece a verdadeira luz" (1Jo 2, 8).  
Todo este recorte de testemunhos nos mostra a necessidade que temos da luz para ver a verdade, a fim de não ficarmos nas trevas seja do erro, seja da ignorância. De fato, do mesmo modo como os olhos do corpo precisam da luz do sol para enxergar as coisas do mundo, assim também a nossa inteligência — chamada por uns "os olhos da alma" — só pode ver o seu objeto próprio, a verdade, se for iluminada por alguma "luz". Esta luz, como nos ensina a Igreja, pode advir tanto da razão quanto da fé. Sob a primeira, o nosso espírito move-se como que às apalpadelas; é capaz, sim, de ver a realidade, mas como se tudo fora indistinto, anuviado, caliginoso. 

Ora, sobretudo no que se refere às verdades transcendentes e divinas, a razão humana, abandona às suas forças e ao seu lume natural, encontra não poucas dificuldades "tanto por parte dos sentidos e da imaginação como por parte das más inclinações, provenientes do pecado original" (Pio XII, Humani Generis, n. 2). Por isso, aprouve a Deus iluminar-nos com a sua Revelação não apenas sobre o que supera o nosso entendimento, senão também sobre "as verdades religiosas e morais que, de per si, não são inacessíveis à razão, a fim de que estas no estado atual do gênero humano possam ser conhecidas por todos sem dificuldade, com uma certeza firme e sem mistura de erro" (Id., n. 3). 

Desse modo, à luz da fé, que provém do próprio Cristo, a nossa inteligência e o nosso espírito são não somente iluminados e ilustrados pelas verdades divinas, mas também aquecidos, confortados e vivificados. Deixemos, pois, que esta luz penetre até ao fundo da nossa alma. Aproveitemos este preciosíssimo dom recebido no Batismo para saborearmos a Palavra de Deus, para meditarmos com amor e reverência os mistérios da fé, para conhecermos com entusiamo e devoção filial sempre crescentes os ensinamentos da nossa Santa Madre Igreja. Supliquemos hoje a Nosso Senhor, Sol de Justiça, que ilustre com cada vez mais clareza a nossa pobre inteligência. Que Ele nos dê uma sincera fome de verdade e um desejo ardente de crescer de fé em fé!

Fonte: Homilia Diária Pe. Paulo Ricardo

Exercícios Espirituais Quaresmais: Quinta Semana

Chegamos na quinta-semana da Quaresma. Faremos desta uma semana de meditação cristã do Evangelho. Vamos nos prender em cada palavra e nos debruçarmos sobre cada palavra do Senhor, assim retirando dela todos os significados e sentidos. 

Que a misericórdia de Deus nos faça sábios para compreender sua mensagem de amor e que possamos espalhar o seu amor pelo mundo. :)

12/03/2016 - 27ª REFLEXÃO: "O MESTRE DA MISERICÓRDIA"

"Jesus não passa a mão em nossa cabeça e diz que não nos condena e está tudo bem. Não é isso. Ele nos mostra uma vida nova!"

Estamos vivendo o Ano da Misericórdia proclamado pelo Papa Francisco à Igreja, que é o povo de Deus. Logo no início da Bula de proclamação desse Jubileu, o pontífice nos diz que “Jesus é o rosto da misericórdia do Pai”. É sobre isso que quero refletir nesse texto. 

No Evangelho de João (Jo 8, 1-11), vemos Jesus como mestre da misericórdia. Para aquela mulher adúltera, Ele mostra o rosto do Pai através da misericórdia. Enquanto os mestres da Lei queriam viver a Lei pela Lei, apedrejando a mulher, Jesus, por outro lado, vive a Lei pela misericórdia, dando-lhe uma nova chance. 

Jesus conhece e sabe da nossa miséria quando pecamos, como também sabia da miséria daquela mulher. Mas, principalmente, Jesus também sabia que não era de pedras que ela estava precisando, mas de amor, de misericórdia e, ainda mais, de perdão. Portanto, Jesus se porta como Pai (e aqui vemos o rosto do Pai), que nos acolhe como acolheu o filho pródigo. É a graça do perdão de Deus que corrige os nossos pecados, e não o castigo da Lei. 

A misericórdia de Deus nesta terra não tem limites, o homem não pode impor-lhe limites. Jesus acredita sempre que nós podemos mudar, e Ele viu que aquela mulher, como eu e você, também podia assumir um rumo novo em sua vida. Jesus liberta e revela uma novidade apenas com três palavras: “Não peques mais”. Isto também se aplica a nós: “Não peques mais”. 

O Papa Francisco, na mensagem para a Quaresma deste ano, diz que Jesus vai ao extremo do extremo da nossa miséria para nos resgatar. O Cristo também foi ao extremo da miséria daquela pecadora e mostrou-lhe algo que ela ainda não tinha visto: o rosto do Pai. Jesus não usa de uma falsa misericórdia que muitos querem pregar por aí, Ele não passa a mão em nossa cabeça e diz que não nos condena e está tudo bem. Não é isso. Ele nos mostra uma vida nova, adverte-nos para vivermos na graça, na santidade e longe do pecado. 

Portanto, Jesus é para nós modelo. De que? De como devemos ser misericordiosos com o nosso próximo. Como? Mostrando-lhe o rosto do Pai. A atitude mais perfeita e correta que devemos ter diante da miséria do nosso próximo é a postura de Jesus misericordioso. 

Quando nós nos olhamos no espelho, diferentemente dos fariseus que não se olham, vemos nossa fragilidade e nos lembramos de que fomos alcançados pela misericórdia de Deus. Nesse momento, nosso coração deveria imediatamente se encher de misericórdia diante da miséria do próximo; porque nos lembraríamos de que um dia estávamos também naquele estado e Deus agiu com misericórdia para conosco, e continua a agir. É tocando na miséria do outro que nos abrimos à misericórdia. 

Quando aqueles que queriam apedrejar a mulher adúltera saiam um a um, “só duas pessoas permaneceram, a miserável e a Misericórdia”, diz Santo Agostinho. Assim acontece no confessionário: só ficam duas pessoas, a miserável e a Misericórdia. Peçamos a graça de um coração misericordioso como o de Jesus, e vivamos bem esta Semana Santa. Shalom!

fonte: Shalom

11/03/2016 - 26ª REFLEXÃO: "O BRADO DE CRISTO"

O Evangelho de hoje nos leva à Festa dos Tabernáculos. O outono judaico há pouco começara — era, portanto, setembro — e, como as grandes celebrações em Israel, também a cerimônia das Tendas conduzia a Jerusalém uma enorme leva de peregrinos e judeus piedosos. Em memória de sua passagem pelo deserto, habitavam os filhos de Sião durante mais ou menos uma semana em pequenas barracas ('sucot') feitas de ramos, como o Senhor ordenara a Moisés (cf. Lv 23, 33-43). Ora, sendo o Messias de Israel, Cristo Jesus "tinha a obrigação de cumprir a Lei, executando-a em sua integridade até seus mínimos preceitos" (CIC 578). Por isso, também Ele parte para a cidade santa, "não publicamente, mas como que às escondidas", quando seus parentes já haviam subido para a festa. Lá, diz o Evangelista São João, só se discutia a seu respeito. "Uns diziam: 'É homem de bem'. Outros, porém, diziam: 'Não é; ele seduz o povo'. Ninguém, contudo, ousava falar dEle livremente com medo dos judeus" (Jo 7, 12s). 

Na multidão, muitos ainda murmuravam entre si, com empáfia e incredulidade: "Não é este aquele a quem procuram matar? Todavia, ei-lo que fala em público e não lhe dizem coisa alguma. Porventura reconheceram de fato as autoridades que ele é o Cristo? Mas este nós sabemos donde vem. Do Cristo, porém, quando vier, ninguém saberá donde seja." É neste cenário que Nosso Senhor, desmascarando a soberba e a ignorância daqueles espíritos, responde com um tom algo irônico: "Ah! Vós me conheceis e sabeis donde Eu sou!... Entretanto, não vim de mim mesmo, mas é verdadeiro Aquele que me enviou, e vós não o conheceis." Os judeus julgavam, pois, saber quem era Jesus. "Afinal de contas", pensavam, "não é Ele o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe (cf. Mt 13, 55)? Não nos são conhecidos seus irmãos e suas irmãs? Como, então, vem dizer-nos coisas como: 'Desci do céu' (Jo 6, 45)? Ora, como poderia ser Ele o que há de vir? Acaso pode sair coisa boa de Nazaré (cf. Jo 1, 46)?" 

O Senhor, no entanto, responde a esta falta de fé com um brado que desperta as nossas consciências, que penetra como lança de fogo o fundo da alma, que nos restitui à boa razão: "Jesus", Verbo eterno do Pai, veio a nós e "exclamou". Para crermos, nesse sentido, precisamos antes de tudo ouvir a própria Palavra de Deus que instantemente nos chama, que clama aos nossos ouvidos, que deseja romper a nossa surdez — "Vocasti et clamasti et rupisti surdidatem meam", confessa Santo Agostinho (Conf., XX, 27). Não fechemos o coração Àquele que conhece o Pai, porque é nEle que tem a sua origem e é dEle que recebeu a sua missão. Deixemo-lo abrasar o nosso espírito, brilhar diante dos nossos olhos e dissipar a nossa cegueira. Renovemos hoje a nossa fé e, em nossa oração mental, peçamos a tão amável Redentor que nos ajude a anelá-lo, a saborear com mais fervor a sua presença na Eucaristia. Que Maria Santíssima nos faça ter cada dia mais fome e mais sede de Jesus, alimento das almas santas, fonte de toda doçura e deleite.

fonte: Homilia Diária Pe. Paulo Ricardo

10/03/2016 - 25ª REFLEXÃO: "VANGLÓRIA, UM PERIGO PARA A FÉ"

O Evangelho de hoje dá continuidade à polêmica que se instalara entre Jesus e os fariseus por ocasião da cura de um paralítico. Neste longo e profundo discurso, com o qual Nosso Senhor se justifica magistralmente aos judeus hipócritas, um breve mas significativo trecho nos deve ferir os ouvidos: "Como podereis acreditar", diz Cristo, "vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do único Deus?" Vemos aqui com bastante clareza que a vanglória constitui um grande obstáculo à fé. Pois nada cega mais o coração e obscurece mais a inteligência do que preferir a glória, tola e vazia, que vem dos homens àquela que, verdadeira e sincera, vem de Deus (cf. Jo 12, 43). Para bem entendermos este passo do Evangelho, vejamos antes de mais de que tipo de "glória" estamos falando. 

O termo "glória" refere-se a um certo resplendor ou brilho que brota de uma qualidade reconhecida como tal. Expliquemos por meio de um exemplo. Suponhamos que um determinado aluno, muito estudioso e dedicado, seja o primeiro da turma. Atento a seus méritos e dedicação, o professor sente nascer por ele uma espécie de admiração chamada reverência, que o leva a reconhecer a grandeza do menino. Para honrá-lo com justiça, o professor decide dar-lhe uma medalha, que manifesta visivelmente aos demais colegas o valor daquele aluno esforçado. Ao honrá-lo, pois, com um prêmio, o professar dá a conhecer exteriormente o valor e a grandeza interiores do seu discípulo. À manifestação visível deste valor chamamos "glória", que faz brilhar e resplandecer a olhos vistos as qualidades escondidas de um espírito virtuoso. 

Esta glória, no entanto, se torna vã e inane quando aquele que a atesta é incapaz de aquilatar o real valor das coisas. Um interesseiro e bajulador, neste sentido, não pode dar verdadeira glória a ninguém; as suas apalavras elogiosas não passam, pois, de mentiras, de bajulices, de adulação mesquinha e aproveitadora. Este vício, ao espraiar-se pela sociedade e tomar conta do comum dos homens, acaba por tornar-nos um cordão de lisonjeadores — ficamos todos elogios, todos mesura, todos rasgando sedas uns para os outros… E, por fim, ficamos cegos, sem poder enxergar com acuidade a realidade tal como ela é, sem poder dimensionar o justo valor de cada coisa. Esta cegueira, como é óbvio, é uma barreira à luz da fé: "Como podereis acreditar", repete o Senhor, "vós que recebeis [vanglória] uns dos outros e não buscais a glória que vem do único Deus?" 

Roguemos hoje a Jesus que, purificando-nos destas vaidades humanas, dê-nos o realismo e a sobriedade necessária aos que se dispõem a crer de todo coração. Que Maria Imaculada, Virgem Santíssima, nos ajude a abraçar o testemunho que o Pai dá do Filho, para que nEle acreditemos e nEle depositemos todo o nosso e todo o nosso afeto. Não busquemos o elogio dos homens; procuremos antes agradar apenas o nosso Deus, que tudo vê com clareza, que tudo dispõe com sabedoria e beleza.

quarta-feira, 9 de março de 2016

09/03/2016 - 24ª REFLEXÃO: "SER SINAL DE JESUS"

"O Filho também dá a vida a quem Ele quer." 

Hoje damos continuidade ao texto de ontem meditado. Trata-se de um discurso de Jesus profundo e propício para ser meditado. 

Jesus destaca sua última união e sintonia de vida com o Pai. Por isso os judeus ainda mais procuravam matá-lo, pois além de violar o sábado, chamava a Deus de Pai, fazendo igual a Deus. Jesus insiste que o Filho e o Pai estão sempre unidos. O Pai ama o Filho e lhe mostra tudo que Ele mesmo o faz. 

O tema central da vida ressalta-se uma e outra vez. Assim como o Pai ressuscita os mortos, e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem Ele quer. O Pai não julga ninguém, mas deu ao Filho o poder de julgar. Quem honra ao Filho, também hora ao Pai que lhe enviou. Pai e Filho unidos são fonte de vida. A vida do próprio Deus. Vida verdadeira e eterna. A vida do próprio Jesus derramada por todos nós.

"Quem escuta a minha palavra e crer naquele que me enviou, possui a vida eterna e passou da morte, e não vai a julgamento, mas passou da morte para a vida." Jesus quer deixar claro: "Procuro fazer não a minha vontade, mas fazer a vontade Daquele que me enviou." Pode haver maior união e sintonia?

Talvez este seja um sinal para nós, nos lembrarmos das pessoas que passaram por nossas vidas e nos deixaram marcas e assim agradecermos ao Pai, todos os momentos positivos que elas deixaram em nós. 

Ser sinal é apontar para alguém ou para algo bem maior. Devemos ser pessoas que vivem aquilo que acreditam. Nós acreditamos em Jesus e na sua salvação. Sobretudo nos espelhamos em Jesus para sermos bons. Em Maria sua mãe, para sermos amorosos e nos Santos para sermos caridosos. Assim, sendo sinal de luz, de vida e de inspiração para nós mesmos e para os outros. Devemos ser pessoas que transmitem, amor, paz e alegria. Eis algumas características dessas pessoas:

- são pessoas, que se aproximam ou deixam que outras pessoas se aproximem delas;

- são pessoas, que tocam ou se deixam tocar pelos outros. Física, mental e afetivamente;

- são pessoas, que acolhem, escutam e tentam ajudar, independentemente de sua cultura ou crença, despertam a fé no valor da vida, a fé nas pessoas e a fé no próprio valor e autoestima hoje tão baixa para tantos; 

- são pessoas, que transmitem amor e por isso tem credibilidade para que se sentem amados gratuitamente e sinceramente por elas.

Mais cedo ou mais tarde as pessoas que se sentem tocadas amorosamente vão querer saber qual é a fonte em que bebem o seu modo de ser e se comportar. Pode ficar subentendido, mas com certeza e com alegria essas pessoas sentirão e verão: "Jesus!" O testemunho é hoje mais tocante que as palavras. 

Devemos então estar sempre prontos a dar razão da nossa esperança a todos aqueles que a pedir. Fazendo-o porém com mansidão e respeito e sempre com boa consciência. E lembre-se, nunca se exaltar a si mesmo, pois será hipocrisia. 

Pode ser que este "SER SINAL DE JESUS" leve você a agradecer e também a aprender do testemunho de tantas pessoas, e faça com que você revise sua vida e os apelos que sentiu no coração. Anote no caderno da vida para não esquecer! 

Tente estar sempre em sintonia com Deus, orando para alcançar a sua misericórdia e ser sempre um bom sinal de Jesus aqui na terra. Concluamos com o Pai-Nosso... Amém!

terça-feira, 8 de março de 2016

08/03/2016 - 23ª REFLEXÃO: CURA | A CURA DO PARALÍTICO

"No mesmo instante o homem ficou curado." 

Hoje meditaremos o terceiro sinal do Evangelho de João. Para onde este sinal aponta? O que ele nos fala hoje? Para a nossa realidade? Não esqueçamos, a Bíblia fala a nós!

Entrando na cena, imagine-se neste momento: você observando com atenção as pessoas e os detalhes que as rodeiam, especialmente a pessoa de Jesus. Pedimos a graça de conhecer Jesus não só por fora, mas principalmente por dentro, clamando para que Ele, manso e humilde de coração, transforme o nosso coração semelhante ao Dele. 

Aproximamo-nos de Jesus que se dirige à piscina de Betesda... ali você vê doentes de todos os tipos: cegos, coxos e paralíticos, que ficam dias e noites, anos à fio, deitados a espera da chance de ser o primeiro a mergulhar quando o Anjo do Senhor remover as águas. 

Contemple atentamente Jesus. Acompanhe o seu olhar atento. Ele viu alguém que tocou o seu coração misericordioso. Ele viu o paralítico que aguardava sua cura havia trinta e oito anos. Jesus então tomou a iniciativa e perguntou ao paralítico: "Queres ficar curado?" Então o paralítico lhe responde: "Senhor, não tem ninguém que me leve à piscina quando a água se movimenta. Quando estou chegando, outro entra na minha frente." Jesus comovido lhe disse com intimo afeto: "Levanta-te pega a tua maca e anda." No mesmo instante o homem fica curado. Pegou sua maca e começou a andar. 

Olhe neste momento a alegria de Jesus e alegria do homem que ficou curado! Você conhece a alegria de sentir a sua vida voltando? 

Jesus quer nos curar! Tenha fé, acredite! Ele se compadece de nós. 

Deixe-se conduzir pelas alegrias que o Espírito Santo fala ao seu coração. 

Orar é comunicar-se com Deus com ou sem palavras. 

Deixe Jesus guiar o teu coração no caminho para a cura. 

Graça, Misericórdia e Paz!

segunda-feira, 7 de março de 2016

07/03/2016 - 22ª REFLEXÃO: CURA | A CURA DO FILHO DO OFICIAL REAL

'Podes ir, teu filho está vivo.'

Esta semana a liturgia nos oferece para oração trechos do Evangelho de João, conhecido como "Evangelho de Sete Sinais." 

João não fala "Milagres de Jesus", mas em Sinais. O sinal é uma ponta para algo maior. Milagre nem sempre é deslumbrado como sinal de Deus, ficando apenas no prodigioso sem conduzir a uma maior aproximação de Deus e abertura para os outros. 

São estes os Sete Sinais, número simbólico que mostra em crescente manifestação do amor poderoso de Jesus:

O primeiro sinal: A Boda de Caná;
O segundo sinal: A Cura do Filho do Oficial Real
O terceiro sinal: A Cura do Paralítico
O quarto sinal: A Multiplicação dos Pães
O quinto sinal: Jesus Caminha Sobre o Mar da Galiléia
O sexto sinal: A Cura do Cego
O sétimo sinal: A Ressurreição de Lázaro

Hoje, como proposto pelo Evangelho, vamos contemplar o segundo sinal.

É interessante que os dois primeiros sinais aconteceram em Caná da Galileia. 

Neste momento, imagine-se na cena: Aproxime-se de Jesus que está voltando da Judeia, no caminho da multidão. Você olha as pessoas, ouve o que falam e observa o que fazem... especialmente Jesus a quem você deseja conhecer mais e mais para amá-lo e segui-lo com alegria. 

Um oficial do Rei Herodes, vem pressuroso ao encontro de Jesus, pois tinha ouvido falar muito dele. Humilde e confiante, ele implora  para que Jesus desça até Cafarnaum para curar o seu filho que estava à morte. Ele insiste e Jesus lhe responde: 'Podes ir, teu filho está vivo.' O homem acreditou nas palavras de Jesus e partiu. Descendo para Cafarnaum, seus empregados lhe disseram que o seu filho vivia. Podemos imaginar a alegria iluminando o rosto daquele pai. Ele perguntou a que horas o menino tinha melhorado e ouviu que havia sido à uma hora da tarde que a febre passara. Exatamente a hora que Jesus tinha lhe falado: "Teu filho vive!" Ele passou a crer juntamente com toda a sua família. 

Você viu toda esta cena, estando ao lado de Jesus. O que Ele fala ao seu coração neste momento? 

Temos que crer nas palavras de Jesus e em sua presença em nós para que sejamos curados. 

Coloque-se pois, na presença do Senhor Deus, e faça a sua oração. Rezemos o Pai-Nosso... Amém!

Exercícios Espirituais Quaresmais: Quarta Semana

Dentre as práticas mais profundas dos Exercícios Espirituais Inacianos, temos a meditação do Evangelho. 

A meditação do Evangelho é importante para adentrarmos na realidade do Evangelho, com toda a nossa alma e a mente, para colher os frutos da palavra de Deus que não voltará ao Pai sem realizar o que Ele havia planejado. 

Jesus é o Verbo, a Palavra, Nele esta tudo que podemos almejar saber. Assim nesse Exercícios Espiritual dessa Quarta Semana da Quaresma faremos uma breve meditação com cenas do evangelho de João. A cena será um dos sete sinais, abordados por são João, que nos levará a um encontro com Jesus. Jesus que cura. Está hoje pedindo por cura? 

Lembrando que podemos adoecer de mente, corpo e alma. Como já dizia Padre Léo: "Não existe ninguém que não precise de cura e libertação". 

Vamos lá! Não desanima, não! Vamos juntos trilhar esse caminho espiritual.

05/03/2016 - 21ª REFLEXÃO: "PRISIONEIRO DO AMOR"

A música nos leva a uma profunda intimidade com Deus. 

Pensando nisso, escolhemos uma música da cantora Ziza Fernandes, no qual a letra e a melodia nos leva a entrar em oração com Jesus. 

Escute. Reflita. Entregue-se! 

É o tempo favorável... Entregue a Ele o seu coração e sinta o mais profundo amor de Deus.

"Senhor, desejamos te amar! Desejamos ser prisioneiros do teu amor! Te amo, Jesus!"

Ah, como é bom 
Sentir a doce paz 
E o amor que suave 
Me leva a sorrir 

É, você chegou 
Qual ladrão me fitou 
E roubou para si 
O meu coração 

E agora sem forças 
Eu sou prisioneiro 
Do mais belo amor 
Do doce Jesus 
Do meu bem da cruz, Jesus


04/03/2016 - 20ª REFLEXÃO: "O AMOR EXIGE GESTOS CONCRETOS"

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força!” (Marcos 12, 30). 

O escriba tenta colocar Jesus à prova ao questioná-Lo sobre qual é o primeiro, o maior e mais importante de todos os mandamentos. Jesus mesmo responde que é amar a Deus com toda força, com todo entendimento, vontade e coração; nada se supera a isso! 

Refletindo o Evangelho faz-nos entender bem o que significa amar o Senhor com todo nosso coração e toda nossa alma. Assim saberemos viver os demais mandamentos da Lei de Deus e a vontade d’Ele para nossa vida. 

Quem ama alguém de verdade sabe o quanto o amor passa por provações. O amor é exigente, o amor exige dedicação, desdobramento, exige sair de si para poder amar. Não é simplesmente um amor romântico, mas um amor de intensidade, um amor de entrega, sublime. Só quem sabe amar de verdade, sabe quanto esforço é necessário fazer para se amar. 

Nós não podemos viver com Deus apenas um amor romanceado: “Eu amo Deus, Ele é tudo para mim, eu não vivo sem Ele!”. Isso é um fato, uma realidade, mas o amor precisa ser vivido com a vida e com o coração. Você não pode dizer para uma pessoa que a ama quando seus gestos não correspondem a isso. Você não tem tempo nem dedicação para ela, não morre para si mesmo, para que esse amor seja vivido na intensidade. 

Da mesma forma, nós não podemos amar a Deus se os nossos gestos não correspondem a isso. Amá-Lo não é só uma vontade, um desejo; amar ao Senhor exige que nos coloquemos na presença d’Ele, à Sua disposição; é dormir com Ele, acordar com Ele, estar com Ele em tudo aquilo que fizer. 

Desculpe-me, mas é a mais pura hipocrisia a sociedade que diz amar a Deus, mas só quando vai à igreja, quando vai à Missa e está ali com Ele. Não é um tremendo engano, uma tremenda ilusão!

Quem ama a Deus, ama-O a todo tempo e momento. Do mesmo jeito, se você ama sua esposa, não a ama só quando está com ela; você não ama seu marido só quando está com ele, principalmente quando não está junto, quando não está presente, porque isso é fidelidade. 

O amor a Deus é fiel, é um amor que envolve todo o nosso ser, tudo aquilo que fazemos. Sentimos até uma vontade de fazer algo que é errado, que não se pode, que não se deve, mas quando a nossa mente, o nosso coração está tomado pelo amor de Deus, está repleto desse amor, nossa consciência não nos permite errar. 

Agora, se nós vivermos negligenciando isso ou aquilo, e simplesmente a nossa consciência não nos disser nada, é preciso rever a forma como estamos amando a Deus. Não podemos amá-Lo só com a boca e com palavras, porque não é todo aquele que diz: “Senhor, Senhor, eu Te amo, eu dou minha vida por Ti!”. Às vezes, é melhor nem falarmos nada, deixar que a vida por si mesma diga o quanto, de verdade, amamos a Deus. 

Deus nos abençoe!

03/03/2016 - 19ª REFLEXÃO: "OUÇA A VOZ DE DEUS"

“Ouvi a minha voz, assim serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e segui adiante por todo o caminho que eu vos indicar para serdes felizes” (Jr 7, 23). 

No seguimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, ouvir a voz de Deus é a graça, o primeiro e mais necessário mandamento. Se eu quero obedecer meus pais e aqueles que são meus superiores, preciso ouvi-los. Ouvir, aqui, não se trata simplesmente de quando Ele está falando alguma coisa e eu escuto, pois pode ser que Ele não fale nada; ouvir o Senhor é algo mais profundo, é captar o entendimento, é captar o que Ele, de fato, deseja que eu viva e faça. 

Ouvir a Deus é colocar-se em sintonia com Ele, é deixar-se guiar por Suas palavras, por Seus mandamentos e ensinamentos. Deixar-se guiar pela voz do Senhor é não ouvir a voz do mal, é não se deixar seduzir pelas forças do pecado, do erro e da ilusão que, muitas vezes, conduz seus passos neste mundo. 

Quantas vezes estamos cegos, iludidos e surdos, porque não escutamos o Senhor! 

Olhando para o Evangelho de hoje, eles querem fazer confusão, porque Jesus está expulsando o demônio, e O acusam de estar expulsando o demônio pelo próprio demônio. Jesus mesmo diz: “Satanás não pode expulsar satanás, porque o seu próprio reino estará dividido”. Eles não reconheceram quem era Jesus e a autoridade d’Ele sobre os demônios, porque não pararam para ouvir a sabedoria de Deus. 

“Senhor, nós queremos que a sabedoria de Deus aja em nosso meio, queremos expulsar os demônios que estão, tantas vezes, atormentando nossa vida, deixando-nos inquietos, preocupados e rebeldes."

É preciso abrir o coração e a mente, para que Deus nos conduza por Suas estradas. Deixemos de nos guiar pelo mal caminho, pelas estradas que não são de Deus, para que Ele nos conduza pela estrada da vida. 

Deus nos abençoe!

quarta-feira, 2 de março de 2016

02/03/2016 - 18ª REFLEXÃO: "PAPA: A DIFERENÇA DE PEDIR PERDÃO E PEDIR DESCULPA"

"Não tem nada a ver uma coisa com outra. O pecado não é um simples erro", afirma o Papa Francisco

Para pedir perdão a Deus, é preciso seguir o ensinamento do “Pai-Nosso”: arrepender-se com sinceridade dos próprios pecados, sabendo que Deus perdoa sempre. Foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa de hoje na Casa Santa Marta. 

Deus é onipotente, mas também a sua onipotência de certo modo se detém diante da porta fechada de um coração. Um coração que não pretende perdoar quem o feriu. O Papa se inspirou no Evangelho do dia, em que Jesus explica a Pedro que é preciso perdoar “setenta vezes sete”, que equivale a “sempre”, para reafirmar que o perdão de Deus para nós e nosso perdão aos outros estão estreitamente relacionados. 

Francisco explicou que tudo parte de como nós, antes de todos, nos apresentamos a Deus para pedir perdão. O exemplo do Papa é extraído da Leitura do dia, que mostra o Profeta Azarias invocando clemência pelo pecado do seu povo, que está sofrendo, mas também é culpado por ter “abandonado a lei do Senhor”. Azarias, indicou Francisco, não protesta, “não se lamenta diante de Deus” pelos sofrimentos; pelo contrário, reconhece os erros do povo e “se arrepende”. 

“Pedir perdão é outra coisa, é diferente de pedir desculpa. Eu erro? Mas me desculpe, errei… Pequei! Não tem nada a ver uma coisa com outra. O pecado não é um simples erro. O pecado é idolatria, é adorar o ídolo, o ídolo do orgulho, da vaidade, do dinheiro, do “eu mesmo, do bem-estar… Tantos ídolos que nós temos. E, por isso, Azarias não pede desculpas: pede perdão”. 

O perdão deve ser pedido com sinceridade, com o coração, e de coração deve ser doado a quem cometeu um deslize. Como o patrão da parábola contada por Jesus, que perdoa um grande débito movido pela compaixão diante das súplicas de um dos seus servos. E não como aquele mesmo servo faz com outro servo, tratando-o sem piedade e mandando-o à cadeia, mesmo que a dívida fosse irrisória. A dinâmica do perdão – recordou o Papa – é aquela ensinada por Jesus no “Pai-Nosso”.

“Jesus nos ensina a rezar ao Pai assim: ‘Perdoa os nossos pecados assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido’. Se eu não sou capaz de perdoar, não sou capaz de pedir perdão. ‘Mas, padre, eu me confesso, vou ao confessionário…’. ‘E o que faz antes de se confessar?’. ‘Mas, eu penso nas coisas que fiz de mal…’. ‘Tudo bem’. ‘Peço perdão ao Senhor e prometo não fazer de novo…’. “Certo. E depois vai até ao sacerdote? Antes, porém, falta algo: perdoou a quem lhe fez mal?”. 

Em poucas palavras, Francisco retomou o pensamento: “o perdão que Deus lhe dará” requer “o perdão que você dará aos outros”. 

“Este é o discurso que Jesus nos ensina sobre o perdão. Primeiro: pedir perdão não é um simples pedido de desculpas, é ter consciência do pecado, da idolatria que eu perpetrei, das tantas idolatrias. Segundo: Deus sempre perdoa, sempre. Mas pede que eu perdoe. Se eu não perdoo, em um certo modo fecho as portas ao perdão de Deus. ‘Perdoa os nossos pecados assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido’”.


fonte: Rádio Vaticano