O que vai ser narrado aqui se passou na Idade Média, uma época na qual a roseira da fé produziu as mais belas flores. O principal personagem foi o Beato Egídio de Assis, predileto discípulo de São Francisco, e nesta graciosa história refulge a perpétua virgindade da Mãe de Deus.
Um piedoso e culto frade dominicano, estando havia muitos anos gravemente tentado contra o dogma da perpétua Virgindade de Maria, resolveu procurar Egídio, humilde franciscano, que tinha o dom de acalmar as consciências perturbadas, a fim de lhe expor suas tentações.
Iluminado do alto, Egídio tomou um bastão e saiu ao encontro de seu visitante, dizendo-lhe logo que o viu:
— Irmão! a Santíssima Mãe de Deus, Maria, foi virgem antes de dar-nos Jesus.
E bateu com o bastão na terra, fazendo brotar imediatamente um formoso lírio.
Tornou a bater na terra, e disse dessa vez:
— Irmão! Maria Santíssima foi virgem ao dar-nos Jesus.
E logo surgiu um segundo lírio, ainda mais belo que o primeiro. Bateu pela terceira vez na terra, concluindo com estas palavras:
— Irmão! Maria foi virgem depois de dar-nos Jesus.
Nasceu um terceiro lírio que em beleza e alvura superava os outros dois.
Dito isso e sem dizer mais nada, o Bem-aventurado Egídio voltou-se e entrou no convento, deixando atônito seu visitante e, ao mesmo tempo, livre de suas violentas tentações.
Tendo o religioso sabido, depois, que aquele frade era o Beato Egídio de Assis, concebeu uma grande estima por ele e guardou aqueles lírios como testemunho certíssimo da perpétua virgindade de Maria.
Frase do dia:
"Nossa Senhora é o grampo de ouro que une Nosso Senhor Jesus Cristo a toda a criação, da qual Ela é o ápice e a suprema beleza."
(Plinio Corrêa de Oliveira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário